terça-feira, 25 de outubro de 2016

Gustavo Sartorelli - o gigante de SP

Gustavo Sartorelli é mais um gigante do laço comprido e que não podia passar despercebido por nós. Aliás, esse aí não tem quem não admire e aceite que é um dos maiores laçadores do Brasil. Nascido em Boituva – SP, mas atualmente residindo em Iperó – SP, 23 anos, ele conta que mesmo não sendo gaúcho, se dá muito bem com os gaúchos e conserva boas amizades com os laçadores daqui.

O talento no laço não é de hoje, pois o gosto pela coisa já foram se mostrando presente em sua vida desde quando ainda era um bebezinho, em que seu pai, que já laçava, o colocava junto para andar a cavalo. Então foi crescendo e laçando cavalete com 3 a 4 anos. “No boi comecei a partir dos 7, quando eu ia treinar com meu pai e eu saia nos bois mais manso, que fui me apaixonando cada dia mais”, conta.

Difícil não lembrar com carinho de seu cavalo lubuno, apadrinhado de “Soneca”, que deu a maioria de seus títulos de grande expressão. “Ganhei com ele, inclusive, a 101 de Antônio Prado e as 234 no rodeio do CTG Os praianos”.

“Os rodeios do rio grande são geralmente muito bem organizados e com gado bom”, ressalta. No entanto, apesar de gostar dos rodeios do Sul, confessa que o desconforta a “obrigação” de ter que parar em várias duplas que, ás vezes, ele e seu parceiro acham que não compensa muito ir, até pela longa distância. E fazendo uma comparação com os de São Paulo e os do Sul, ele salienta: os rodeios de Sp não tem nenhuma estrutura em relação a parque, gado e premiação, se comparar com os do Rio Grande.

Sobre a vitória mais marcante, Sartorelli cita o rodeio de Antônio Prado – RS, onde o premio era R$ 50 mil e foi repartido entre cinco laçadores, vencidos pelo cansaço, e que foi o maior número de armadas sem errar numa mesma laçada até hoje. “Marcante também porque estávamos entre 9 laçadores e os mesmos queriam repartir um pouco da premiação para quem perdesse e eu não aceitei, porém, a torcida se voltou contra mim, mas no fim deu tudo certo”.

Diz admirar o narrador Fabinho Lopes, de São Paulo, que para ele é um dos melhores do Brasil, e como laçador cita o Duzinho, de São Paulo. “Um pia ainda, mas que tem um enorme futuro pelo potencial e pela pessoa que é. Admiro muito ele”. Seu parceiro de dupla atualmente é Eder Barbosa e segundo ele, além de ser muito laçador é também muito focado, inguirrido e humilde. “Sou muito grato a ele de me dar a honra de poder laçar com ele e também por ele ter me levado para laçar por todo o Brasil”.


E como um campeão, ele deixa o seu recado: Hoje para ganhar tem que treinar, não é só o treino que te faz um ganhador, porém ele te ajuda e muito, e para ganhar um rodeio você tem que ir nele, sem medo de bons laçadores, pois se você acreditar e se dedicar para sair campeão, um dia vai dar certo.

domingo, 16 de outubro de 2016

Ricardo Severo – O filho da Carlota

Aos 23 anos, Ricardo Severo, mais conhecido como Mezenga, de Santa Cruz do Sul RS, é mais um de nossos tantos fenômenos do Rio Grande do Sul, e que traz consigo uma brilhante trajetória no laço comprido. Vindo de uma família tradicionalista, Ricardo foi batizado em rodeio, assim como seus irmãos.

Começou a laçar no boi aos 4 anos, e desde lá vem garantindo vitórias e firmando uma carreira de sucesso. Embora fique mais pelos rodeios da casa, já conquistou prêmios importantes ao lado de seu parceiro Mateus Santos, como uma camionete no Paraná, carro em Santa Catarina, e reboques, motos e dinheiro nas laçadas da marca em outros rodeios. Contudo, conquistar o terceiro lugar no Camaro, do CTG Gira Mundo, em maio deste ano, e levar uma boa parte do premio, o fez ter uma visibilidade ainda maior.

E falando nessa vitória, que era o sonho de todos os laçadores mais consagrados do Brasil, Mezenga não esconde seu orgulho. “Agradeço a cada grito, a cada torcida, que aquele dia estava com nós. Pra mim e para o Mateus, que laçamos juntos desde pequeno foi muito gratificante chegar aonde chegamos. Ser a dupla da casa e ficar com o terceiro lugar, que não foi o primeiro por causa de um top, tem um sabor enorme”.

A sua rotina não é nada diferente de quem sabe que sua profissão é laçar. “Treino quando posso, mas de dia sempre na lida de caminhão ou na lida de campo com os animais. Não sei viver sem eles”, destaca. Para ele uma derrota só serve para quando voltar ao mesmo lugar dar o melhor de si para poder ir melhor da próxima vez.

Os narradores que mais admira são Tiago Baggiotto, Papapa, Jerônimo Salgueiro, Neco, Marcos Medeiros, Fernandinho e Téo Santos, que juntamente com seu pai foi o que apoiou para chegar aonde chegou ao lado de Mateus.


Em primeiro lugar eu acho que para ser um campeão a gente nunca pode ser ninguém mais que ninguém, humildade em primeiro lugar. E o principal, que treinar se puder e tiver oportunidade, tem que treinar. E sempre querendo aprender mais, que nunca está 100%. O laço comprido, para nós do Rio Grande, e uma grande parte do Brasil, é um dos esportes que mais cresce, por sua cultura que passa de geração para geração. (Ricardo Severo)

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Confira os bastidores do 2° Rodeio da Dupla dos Sonhos - Thaian e Alan

E vem aí o 2º Rodeio da Dupla dos Sonhos Thaian De Ávila e Alan Soares, em comemoração aos 11 anos de uma fase de vitórias e sucesso. Em sua segunda edição, e diferente do ano anterior em que foi realizado na cidade de Vacaria – RS, o rodeio promete muitas novidades e surpresas, começando pelo lugar e estrutura.

Este ano o evento acontecerá na famosa cancha coberta do CTG Serranos do Laço, em Ipê – RS, de 18 a 20 de novembro de 2016. E para ficar ainda melhor também contará com transmissão ao vivo pelo Canal FAN. Será um rodeio para todos, com Laço Taça Cidade, Prenda, Laço da marca da Cabanha São Sebastião, Laço Quarteto, Duplas e muito mais.

É uma parceria entre Thaian e Alan e Cabanha Branco, que tem tudo pra ser um sucesso e dar muito certo. “Tivemos uma ideia pra fazer uma festa para os nossos amigos, e para tentar mostrar para alguns promotores de evento que não precisa de certas coisas para fazer um bom rodeio com prêmios bons e que termine cedo”, destaca Thaian.

A dupla acredita que aproximadamente 200 duplas irão comparecer ao rodeio e a expectativa é fazer melhor do que o rodeio anterior. São R$ 15.000,00 nas duplas do rodeio, R$ 3.800,00 no quarteto e R$ 5.000,00 na taça. Os narradores serão Gaúcho Amarelo, Maicon Delfes, Malandro, Betinho e Jeguinho de Santa Catarina, Marco de Porto Alegre e Bigodinho da Serra.

Alan acredita que o novo lugar atrairá ainda mais pessoas. "A expectativa do rodeio está boa, pois estamos esperando bastante gente e com a pista diferente, sendo coberta, o pessoal se interessa mais em ir", ressalta.

Firmino Branco conta com entusiasmo sobre suas expectativas para o rodeio, que são as melhores. “Sempre que se unem forças em prol do mesmo objetivo o resultado é sempre positivo e nós, juntamente com Thaian, Alan e o Brina Vicentin, que tem uma larga experiência em rodeio, e com uma pista e estrutura maravilhosa, eu acho que não tem como dar errado. Agora só esperamos os amigos porque estamos organizando a festa da melhor maneira possível, para que todo mundo saia contente e feliz”, conta.

Isso foi só um pouco do que os espera, então reserve essa data, 18 a 20 de novembro a festa é em Ipê – RS com a dupla dos sonhos!
Programação:
Na sexta feira, 18, ás 8hrs inicia com a Taça Cidade, primeiro pelotão em homenagem a Lucas Motta, 100 duplas.
FORÇA A – 4 ARMADAS
FORÇA B – 3 ARMADAS
Batida até ficar 5 duplas para a final no domingo.
5 na A e 5 na B
O laçador poderá ter uma vida na final não importando a força
Durante a tarde corre o segundo pelotão, da mesma forma
Valor: R$ 100,00
Premiação: FORÇA A – R$ 3.000,00 para um e leva a taça
Homenagem a Lucas Motta, rapaz querido por todos que, infelizmente, partiu cedo demais e fazendo o que mais gostava, aos 22 anos.
FORÇA B – R$ 2.000,00 para em 3 + troféus
Sábado, ás 8hrs, laçada São Sebastião
Cavalos da marca da Cabanha Branco – individual, eliminatória e final no domingo.
Premiação: R$ 2.000,00 para o primeiro e um potro para o laçador proprietário
Maiores informações com Patito e Ivo Neto, pelo telefone 54 9672-1022
Após, laço prenda, eliminatória e final no domingo
Inscrição: R$ 50,00 duas armadas, volta com 50% após mata-mata, ficando 5 para o domingo
Premiação: Primeiro lugar R$ 300,00 TROFÉU
Segundo lugar: R$ 200,00 TROFÉU
Após, inicio das duplas oficiais do rodeio – fase classificatória com 3 voltas
Força A – 6 armadas. Para em uma – RS 10.000,00
Força B – 5 armadas. Para em três – R$ 3.000,00
Força C – 4 armadas. Para em cinco – R$ 2.000,00
Inscrição: R$ 180,00 duas vidas por laçador
Finais no domingo.
Após, laço quarteto – uma vida por laçador, 3 voltas
Inscrição: R$ 200,00
FORÇA A – 12 armadas R$ 2.000,00
FORÇA B – 11 armadas R$ 1.000,00
FORÇA C – 9 e 10 armadas  R$ 700,00

*Todas as finais serão no domingo
*Não encurtaremos raia
*Finais em gado de pouca aspa, xucro, que nunca viu laço na cabeça e gente muito pouco
*Propriedade do Fredinho e Ivo Neto
*Comissão organizadora: Alan Soares – 5195854402
                                                  Thaian de Avila – 5182628297
                                                  Firmino Branco – 5499055572
                                                  Brina – 5491561422
                                                Ivo Neto – 5496721022
                                                 Campeira – Borjinho e Beto Soares  

Por: Caroline Silva – Santa Cruz do Sul - RS

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Pedro Luis – um show de humildade e de laço

De fato temos muitos laçadores consagrados aqui no Rio Grande do Sul, mas não dá para passar despercebido todo o talento que pessoas de outros estados, que praticam o laço comprido, e que tem uma trajetória linda no esporte classe A do Brasil. Todos os talentos devem ser reconhecidos, ainda mais quando não dão um show só laçando, mas também em humildade.

Estamos falando de Pedro Luis, 19 anos , natural de Pilar do Sul – SP, e que tem muito a nos ensinar. Um fenômeno desde seus 6 anos, quando começou a laçar. Recebeu o incentivo de sua família, que sempre seguiu essa tradição e costumes. Mas foi aos 14 anos que começou a laçar definitivamente com o apoio de seu pai e quando começou a sair junto e a laçar com Vanderlei Vaz.

Difícil não lembrar com carinho de sua primeira égua, quando tinha seus 10 anos, recebendo o nome de Serena e que o acompanha até hoje, ainda parindo potras. Sua rotina é na lida, fazendo o que mais gosta. Ajudando seu pai no sítio, treinando, arrumando os laço e arreios. Os treinos não são nada diferente, com o gado e na maioria das vezes, com a Amanda Vaz (namorada) e Vanderlei Vaz (sogro). Ás vezes também vale chamar os amigos para bolear uma corda.

Além do laço, têm planos e objetivos certeiros. Pensa em começar a estudar no próximo ano, mas ainda não decidiu entre medicina veterinária ou agronomia. Os rodeios que mais gostou de ir e que recomenda a todos é CLC- MS e Vacaria- RS. Os narradores que mais admira são Márcio Teixeira, Gaucho Amarelo, Papapa, Everaldo Soares e Fabinho Lopes, que o tem como um irmão em São Paulo.

Como laçadores não deixa de mencionar o pequeno Duzinho Biazon, que é uma fera, Vanderlei Vaz, uma lenda viva, Amanda Vaz que para ele é muito laçadora, que laça de igual para igual e Gustavo Sartorelli. Pedro também fala sobre a sua admiração pelo Rio Grande do Sul e as boas amizades que conquistou, como Thaian, Alan e Rudah, que os respeita e admira muito.

Ainda esse ano, o jovem teve o privilégio e honra de ganhar uma camionete no CLC ao lado de sua namorada e diz “Foi muito emocionante. Ganhar já é bom, mas ganhar ao lado de uma pessoa especial é maravilhoso. Sonhávamos muito com aquele momento e foi um sonho realizado. Não tenho palavras para descrever a felicidade que eu senti e ainda sinto”.


A mensagem que deixa a todos os que o admiram e que estão lendo essa entrevista é a seguinte: “Ter humildade, levar a sério, se dedicar muito, treinar e respeitar de uma criança até um idoso”.