quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Luis Paulo Lamaison – bi imperador do gado mocho



Nascido em Rio Brilhante – MS, mas atualmente residindo em Passo Fundo – RS, Luis Paulo Lamaison, aos 27 anos, já laçou em 9 estados brasileiros . Consigo, carrega uma humildade e simplicidade invejável e, em especial, uma história que merece um espaço aqui. 

Com uma cordinha na mão e uma vaca parada a sua frente, aos 5 anos, começava a trilhar sua história no laço comprido. Foi ali que o gosto pelo cavalo e pelo o que seria o seu futuro esporte e profissão, começaram a surgir e a ficar cada vez mais forte – o que fez sua estreia em rodeios ser aos 10 anos.

Seu pai foi seu maior incentivador para seguir no laço. “Foi seguindo seus passos e lhe acompanhando que iniciei essa longa trajetória nos rodeios que continua até hoje. Por um problema de saúde no braço hoje já não participa mais com tanta frequência”.
E na virada do ano, no dia 01/01/01, Lamaison recebeu um presente de seu pai, que o marcou muito e continua em seus campos: o cavalo Milênio. Segundo ele, este foi o cavalo mais especial que teve até hoje. "O pouco que sei aprendi nele e com ele a mais de 10 anos é meu companheiro, mansidão e lealdade são suas maiores qualidades. Juntos conhecemos o Brasil”, destaca.

Ele também cita suas vitórias mais marcantes. “Todas são muito especiais, cada vitória uma história, até mesmo um simples título tem muito valor, mas não deixo de relembrar o primeiro rodeio da fazenda volta grande que no mesmo rodeio ganhei um carro e o imperador do laço, e no segundo ano o bi do imperador no gado mocho”.
Lamaison revela que hoje em dia não tem mais tempo para treinar, já que tem uma rotina de rodeios de quinta a domingo, mas que, ás vezes, treina uma vez por semana. Quando esta em casa ajuda seu pai na selaria, arruma seus laços, treina e aguarda o final de semana para fazer o que mais gosta. 

Os rodeios que mais o marcaram foram do CTG Os Praianos, CLC, Rolantchê e o rodeio da fazenda Volta Grande SC. E diz ter vontade de ir ao rodeio de Santiago – RS, por ter ouvido falar muito bem da organização e gado de boa qualidade, e pretende ir esse ano. 

Diz admirar muito como laçador e pessoa Ademar de Lima, pelo fato de ter crescido ouvindo seu nome nas finais. “Habilidade e humildade ele tem de sobra”. Lamaison também diz gostar de narradores que narram com o coração e que passam emoção aos laçadores e menciona Eduardo Bartz, Papapa, Miguel Pereira e Marco de Porto Alegre.
A mensagem que deixa aos leitores é a seguinte: gostar muito, treinar bastante, se dedicar, fazer muitas amizades e ter muita fé em Deus. Levar a sério como um compromisso e não só diversão, e nunca se esquecer da humildade essa é essencial para o sucesso. A caminho de um laçador é como uma escada sobe um degrau cada vez, se tentar subir todos de uma vez só, pode cair e ter que recomeçar novamente. 


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Priscila Jardim - campeã Duelo de Anita



Começou a montar a cavalo com 10 anos e a laçar com 12, sendo que no mesmo ano conquistou seu primeiro troféu no laço prenda. Estamos falando de Priscila Jardim, 24 anos, nascida na cidade de Portão – RS. Ela conta que, naquele tempo, só disputava o laço prenda porque não saía muito para rodeios maiores, e era difícil de ter essa modalidade para poder laçar. “Quando comecei lembro que eu ficava no brete com a armadinha pronta pra quando terminasse a final e soltasse o gado eu pudesse jogar uma armada, esse era o meu treino.”

Ela confessa que quem começou a se interessar pelo esporte foi seu irmão. “Então meu pai o incentivou e começou a laçar também e eu vendo eles segui o mesmo caminho, foram eles que me incentivaram e meu irmão foi me dando algumas dicas para melhorar.”

E foi com essa força de vontade de laçar que os títulos de grandiosidade começaram a chegar, incluindo o de mais relevância para ela. “Não tem como não falar do primeiro carro que ganhei na vacaria em 2014, foi um sonho realizado e que nunca será esquecido aquele dia, foi então que vi que nada é impossível, temos que acreditar. E também esse ano tive o prazer de sair campeã do Duelo de Anita que aconteceu em julho em Santa Catarina, numa disputa bem acirrada,  e que eu queria muito esse título, foi lindo também, a final foi um show”.

E essas vitórias, na verdade não são pelos treinos, mas sim de talento mesmo, até porque quem sabe faz ao vivo. Priscila confessa treinar raramente durante a semana e que seus treinos são nos rodeios. O melhor rodeio que a jovem já foi, foi o de Vacaria – RS, mas diz ter vontade de ir no rodeio de Santiago – RS. “Ouvi falar muito bem do rodeio lá, e ainda não tive a oportunidade de ir laçar para aqueles lados”.
A mensagem que deixa é a seguinte: Em primeiro lugar, acho que de tudo na vida não só no laço, mas em qualquer coisa que tu for fazer vem a humildade. E temos que acreditar nos nossos sonhos, temos que ser do tamanho deles, e ter muita fé.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Thaina de Ávila - uma herança de laço que veio de berço

Aos 24 anos e natural de Santa Rosa, Thaina de Ávila, carrega títulos importantes consigo. Irmã de Thaian de Ávila, e filha de Jair de Ávila, a jovem é mais uma daquelas pessoas, que nos sentimos na obrigação de contar sua história. Além do mais, vem de uma família de nome no laço comprido e respeitada pela humildade e garra.

O primeiro contato com o laço foi na vaca parada e aos 7 anos as primeiras armadas montada a cavalo foram acontecendo. “Quando comecei não tinha muitas mulheres que laçavam e muito menos o laço prenda como tem hoje em dia. Quem sempre me incentivou foi minha família, principalmente meu pai que nunca deixou que eu desistisse”, conta.

Todos os cavalos que já passaram por ela a marcaram muito, mas conta com carinho sobre a égua tostada, que foi a com quem ganhou seus títulos de maior importância e que, segundo ela, fazia parte da família.

 Thaina também fala sobre as suas admirações no laço comprido. “Admiro várias meninas que laçam, principalmente quando ganham dos homens , mas Ariane Soares, por toda dedicação pra chegar onde chegou e Amanda Rossa pela humildade. Como laçador obviamente meu irmão hehe, Thaian de Ávila, por sua humildade e dedicação, ele é minha inspiração, meu maior orgulho. Hoje em dia há vários narradores bons, e cada vez vem surgindo mais, mas tenho uma admiração pelo Sassá (Gustavo Leite)”.

E em virtude da faculdade, ela precisou se distanciar dos rodeios e treinos durante cinco anos. “inclusive faz quase oito meses que não laço, sinto muita falta de tudo, mas tô construindo meu futuro, em breve eu volto.”, mas tudo por uma boa causa, já que logo a jovem se forma no curso de zootecnia, que pretende atuar na área e seguir estudando.


A mensagem que deixa é a seguinte: Deve-se ter humildade, dedicação, treino e foco. Nunca achar que é melhor que ninguém, o seu maior adversário é você mesmo.