segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Érika, Stephanie e Maria Eduarda são as Estrelas do Laço 2017

Acorreu neste último final de semana, durante os dias 20, 21 e 22, o primeiro rodeio das mulheres – estrelas do laço, em Cachoeira do Sul – RS. O evento foi promovido pela laçadora cachoeirense Leidy Festinally, e reuniu competidoras vindas de vários Estados do Brasil como Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, e até do Paraguai.
O título mais cobiçado do rodeio, o Estrela do Laço, teve como prêmio um reboque 0 km que foi conquistado por Érika Moraes, de Candelária – RS, Stephanie Silva, de Mato Grosso do Sul, e Maria Eduarda Krever, de Triunfo – RS. O blog Entre os Tentos conversou com as três campeãs sobre essa vitória. Confira abaixo o que elas nos contaram:

Érika Moraes:
Treino geralmente uma vez por semana na vaca mecânica, na semana do rodeio a ideia era treinar todos os dias pra estar bem preparada, mas pegamos uma semana de chuva, então treinei só nos dias que a chuva deu trégua. Ainda não sei explicar direito qual a sensação, mas estou muito feliz, era um prêmio que eu queria muito e estar entre as três ganhadoras sabendo que lá estavam as melhores do Brasil é muito gratificante. Meus pais, tem grande parcela nessa conquista, estão sempre me apoiando e meu pai é meu maior professor no laço, sempre que preciso está corrigindo meus erros e dando "puxões de orelha", também queria agradecer o Daniel Jappe que me patrocinou e confiou em mim. Sou nova ainda, tenho muito o que lutar pela frente, mas nunca desisti de um sonho por achar que não tenho capacidade ou algo do tipo, sempre lutei pelo meus sonhos porque sei que pra quem acredita nada é impossível, o mais importante é ser humilde e nunca esquecer que tudo começa de baixo e é preciso muita luta para chegar no topo.

Sthepanie Silva:
Minha preparação foi uma semana antes do rodeio, treinei uma semana antes do evento.
Minha vontade de participar surgiu dois meses antes do rodeio, mais só consegui a certeza um mês antes.
Foi muito emocionante, me preparei muito para esse rodeio, fiquei muito calma na disputa e me concentrei bastante na hora de laçar, depois que ganhei vi que não só eu mais outras podem consegui ganhar, fiquei muito feliz de levar esse titulo para Mato Grosso Do Sul.
Agradeço a meu pai que me levou e me ajudo, minha mãe que estava na torcida e me ajudo também, minha amiga que veio junto comigo para laçar também e um profissional do laço que mora em Campo Grande que ajudou  nos treinos.

Maria Eduarda Krever:
Durante a semana eu treino só nas quartas quando da, não é sempre, mas todo final de semana vou a rodeio então isso me ajuda muito.
Logo que fiquei sabendo eu já sabia que iria ao rodeio das mulheres.
Esse título foi muito importante para mim, não tenho palavras para descrever, no meio de tantas prendas que admiro muito, foi uma honra.
Só tenho a agradecer primeiramente a Deus e a minha família que sempre me ajuda e me apoia. Nada é impossível, sempre corra atrás do seus sonhos e desistir já mais.



Texto: Caroline Silva

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Marcos Medeiros Narrador: acredito que as palavras chaves para o sucesso são humildade e persistência

Em nosso blog todos tem espaço. Já contamos histórias de grandes nomes da narração, do Rio Grande do Sul e de outros Estados, mas vale também aquele espaço para os novos talentos que estão surgindo nas gabines de narração. Afinal, o sonho é o mesmo para cada um: se tornar narrador profissional. Para uns é um sonho perto de se tornar realidade, para outros, é preciso “soar” mais. E foi com esse desejo que, aos 12 anos, Marcos Medeiros, mais conhecido como gaita/gaiteiro, natural de São Francisco de Assis – RS, começou na narração, mesmo que ainda de brincadeira.

“Na vaca parada, eu imitava o Iran Bueno Luiz, cara que faz um dos maiores rodeios da 10° RT e me contratou agora pra narrar o dele. Na época tinha dois narradores lá na volta: os dois caras que me deram a oportunidade e me ajudaram a chegar onde estou hoje: Marcio Bataglin e Paulinho Ferreira. Então quando ganhei a oportunidade, da brincadeira de imitar eu criei minha própria identidade e fui indo”, conta.

Passado as narrações por diversão e brincadeira, era hora de ir atrás do sonho de se tornar narrador profissional. Mesmo com toda a preparação, Marcos reprovou duas vezes, mas nada fez o desistir do sonho. “A gente sabe o tanto difícil que é conseguir se credenciar junto ao departamento de narradores do MTG. Me preparei, estudei, mas não foi suficiente. O que não me fez desistir é que mesmo sem o credenciamento os patrões ainda acreditavam em mim e me procuravam. Então em 2016 me preparei mais ainda fui lá e passei”.

Para ele a meta é sempre levar emoção ao rodeio com simplicidade e humildade. “É sim uma responsabilidade enorme. Mas tento agradar o patrão, todos os competidores e ainda os espectadores que vem para assistir”. Marcos ainda confessa que desde pequeno sempre foi muito tímido, tanto para subir no palco com sua gaitinha quanto para narrar na gabine. “Então com o tempo, com o compromisso fui perdendo o medo e hoje já me sinto em casa quando to lá em cima na gabine de narração”.

Ele menciona alguns nomes da narração que admira e que deram aquele “empurrãozinho” para conseguir se tornar profissional. “O mestre professor Sr Téo Santos e o Marcio Bataglin ue me entregou o microfone pela primeira vez na vida. Quero citar aqui também o Tiago Baggiotto, jerônimo  Salgueiro, Marcos Rumpel, Fernando Flores e o Neco. Caras que sempre deram oportunidades quando precisei”.

Hoje, Marcos já está com a agenda cheia até o inverno de 2018, mas ainda segue com o
bjetivos maiores para a profissão. “Tenho sonhos sim de todo narrador que é narrar fora do Estado, narrar a Vacaria, o CLC, Minuano, mas sigo sempre com os pés no chão”.

Hoje dou oportunidade pra quem está começando e pra quem sonha em estar aqui. Meu conselho pra quem tem esse sonho é que nunca desista! Realmente não é fácil, assim como nada na vida vem de bandeja se tu não correr atrás! Acredito que as palavras chave para o sucesso são humildade e persistência! Um beijo no coração de todos! Valeu Carol! Mais sucesso ainda pra ti no blog porque tu merece! (Marcos Medeiros)


Texto: Caroline Silva

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Joao Pedro Brunetto – o Rei do Mocho

Ele é de Lajeado – RS, mais conhecido como JP, Joao Pedro Brunetto é daqueles que nasceram com o espírito de bom laçador. É, isso porque laçar boi mocho não é pra qualquer um, ainda mais quando os terneiros são pequenos e ligeiros. E JP que o diga. No último final de semana, no 2° Rodeio Crioulo do PTG Manotaço, em Vera Cruz – RS, ele foi um dos três campeões da laçada mais importante do rodeio: o rei do mocho. “Eu fui somente para essa prova, onde treinei bastante em gado mocho. Mas as laçada em mocho sempre é um detalhe onde sai o campeão, gado apresentava bastante dificuldade pelo tamanho que os terneiros tinham. Mas isso não tirou o brilho da prova. Fiquei muito feliz com o título e vou guardar ele com carinho. Esse título veio com bastante treino e um pouco de sorte, onde Deus me iluminou”, comenta.

A história de Brunetto no laço começou ainda criança, com oito anos, por incentivo do seu pai. “Meu pai foi meu maior incentivador, ele que é um grande tradicionalista e foi nele que me espelhei e comecei a laçar”. E olha que o pai dele estava certo, né? Hoje com 23 anos, ele acumula vários títulos, inclusive campeão da Vacaria, onde levou uma camionete fiat strada pra casa.
Quando questionado sobre o cavalo mais especial que já teve, ele responde com confiança: “nesse caso tenho um carinho por todos meus animais, e não tenho preferência por nenhum, no que eu for sei que to bem a cavalo”. 
JP diz admirar como narradores Papapa, Tiago Baggiotto, Duda Bartz, Neco e Fernando Flores. Já como laçador, apesar de saber que hoje o nível de laço esta muito alto, diz admirar vários, mas não deixa de citar Alan Soares e Thaian de Ávila, que estão no topo. Como laçadora, ele menciona Ariane Soares.

Durante a semana, a rotina é pesada. Joao Pedro é gerente operacional da empresa Brunetto Transportes, mas nada que impeça de treinar no gado ou na vaca mecânica, em sua pista de laço. Os planos para o futuro é continuar na empresa crescendo junto com o irmão. “Laçar levo como um esporte e lazer, mas quero  continuar treinando e conseguir conquistar outros títulos, pois isso é uma honra pra mim”.

 Temos que acreditar nos nossos sonhos, fé em Deus, determinação e treinar bastante, sempre mantendo a humildade para poder evoluir e aprender com os outros. (Joao Pedro Brunetto)

Texto: Caroline Silva

Foto: Arquivo pessoal