sexta-feira, 27 de julho de 2018

Vanderlei Vaz - “Em questão de premiação e nível de laço os rodeios hoje são melhores”.


         Foi em Pilar do Sul – SP, onde mora até hoje, que tudo começou. Atualmente com 42 anos, Vanderlei Vaz, lembra com carinho como começou sua vida no laço. “Comecei quando fui trabalhar no campo com meu pai, na lida com o gado. A partir daí comecei a laçar bezerros para curar e fui pegando gosto”. E com 12 anos, começou a laçar em torneios próximos de sua casa.

            Vanderlei é pai das laçadoras Amanda Vaz e Fernanda Vaz. Amanda, inclusive é considerada como uma das melhores do Brasil, guardando títulos importantes como  campeã da camionete no Circuito Nacional de Laço Comprido – CLC e da camionete no Haras Barcelona. “É um orgulho muito grande e me sinto realizado como pai, pois as duas meninas com pouca idade já me fazem realizado, principalmente no laço comprido”.

            Ele conta que muitos de seus animais se tornaram especiais, seja pela bondade ou por participar da conquista de um grande prêmio. “Mas tem uma que eu senti muito quando perdi, a Chalana, que era praticamente parte da nossa família”. O laçador também diz que são muitas as lembranças durante tantos anos em rodeios, mas o que mais lhe marcou foi a vitória no rodeio Internacional de Vacaria, ao lado do amigo Reni Soares.

            Segundo Vanderlei, os rodeios de hoje em dia estão melhores em questão de premiação, embora tenha virado uma espécie de comércio. “O que mais mudou é que hoje em dia o laço está se tornando um comércio e também aumenta a cada dia a burocracia para você ir a um rodeio. Em questão de premiação e nível de laço os rodeios de hoje são melhores. Os laços de hoje também são melhores”.

            Sua rotina hoje é totalmente diferente de alguns anos atrás. Ele diz que agora seleciona os rodeios. “Hoje escolho os rodeios em que vamos, pois as meninas estão se dedicando aos estudos, por isso vamos nos melhores e naqueles que mais compensam”. O maior orgulho é ter sido 9 vezes campeão da Vacaria. “Meu imenso carinho é pelos noves títulos que tenho em Vacaria, por ser um dos rodeios mais desejados por todos e foi lá que fiz um grande amigo/irmão Reni Soares”, comenta.

A pessoa nasce com um dom, mas no caminhar da vida é preciso haver muita dedicação, humildada e respeito. É assim que estou até hoje e se Deus me permitir vou seguir laçando até o último dia da minha vida. (Vanderlei Vaz)

Texto: Caroline Silva
Foto: Arquivo Pessoal
Vanderlei e as filhas Amanda e Fernanda
Vanderlei Vaz laça desde os 12 anos


quarta-feira, 25 de julho de 2018

Leandro Reis: o rodeio se profissionalizou e encareceu


          Era junho de 1971, em São Francisco de Paula – RS, que nascia um dos ícones do laço comprido: Leandro Reis. Hoje com 47 anos, conta que tudo começou aos 12 anos arrastando o laço no campo com o apoio do pai. A primeira vitória em um rodeio grande veio aos 16 anos. “Uma das boas lembranças foi o primeiro rodeio grande que eu ganhei a dupla e o individual com 16 anos no Campo dos Bugres em Caxias do Sul, já com 21 anos ganhei a Vacaria que é um sonho de todos e comecei uma parceria com o grande Daniel Fonseca”, comenta.

            Mas se ganhar já é bom, imagine ganhar duas camionetes ao lado da própria filha. Leandro é pai de Bruna Teixeira, 20 anos, uma das melhores laçadoras do Brasil. “Outra conquista bem marcante pra mim foi ganhar o título de duplas na San Rafael, no Paraná, ao lado do melhor laçador dos últimos anos, Thaian de Ávila, e duas camionetes ao lado da minha filha, uma em dupla no internacional de Osório e a outra em um quarteto no Morro da Fumaça”.

            Segundo ele, comparando os rodeios de anos atrás para os de hoje, dá para dizer que se profissionalizou e encareceu. “Não existia mudança de raia, os rodeios tinham individual e saía os campeões, hoje em dia dificilmente sai o campeão”. Leandro também comenta sobre os pontos positivos e negativos dos rodeios atualmente. “Acho muito errado mexer na raia, deviam optar por outras maneiras, gado xucro, terneiros ou mochos. De bom vejo a armada cerrada, pois é bem melhor perder pra uma vaca baldosa do que pra algum juiz ruim ou mal intencionado”.

            Orgulho mesmo ele sente da filha, por já ter conquistado títulos importantes. “Sinto muito orgulho em ter sido campeã nos três maiores rodeios do sul do Brasil, pois ela com 20 anos já conseguiu esse feito, acho que é um orgulho pra qualquer pai”. Ele também diz que por causa da crise deu uma diminuída nos rodeios, mas sempre que dá comparece aos eventos.

            Leandro guarda com carinho os títulos que conquistou no Rodeio Internacional da Vacaria, nos anos 90. “Não tem como fugir que a Vacaria é o mais importante. Foram dois títulos que dois carregam, as duplas e o individual no internacional da Vacaria, as duplas em 1992 e o individual em 1998”.

Dedicação com certeza, pra mim é difícil falar, pois acho que treino é importante, mas nunca treinei, acho que vem de berço e tem que ter o dom. (Leandro Reis)

Texto: Caroline Silva
Foto: Arquivo Pessoal


quinta-feira, 19 de julho de 2018

Silvio Duarte Neto – bi-campeão do gladiador do laço


         Tudo começou graças a seu pai, que sempre cuidou de cavalos. O início foi cedo, com dois anos, sendo que aos três já veio o primeiro título na vaca parada. A história de hoje é de Silvio Duarte Neto, de São José – SC. “Tudo começou porque meu pai cuida de cavalos, tem estrebarias, então já nasci no meio do cavalo e desde pequeno já laçava os bichos no galpão e principalmente vaca parada”, conta Silvio.

            O cavalo mais especial que teve até hoje foi o rosilho, e é dele que fala com orgulho. “Uns dos melhores que já montei, e com ele conquistei vários títulos importantes”.  Orgulho tem também de ter sido bi-campeão do gladiador do laço. “Umas das laçadas mais almejadas pelos laçadores de Santa Catarina e difícil de ser conquistada”. Porém, é ser campeão da laçada oficial de duplas no rodeio internacional de Vacaria – RS, que ele ainda sonha ser.

            Atualmente faz dupla com João Eder Borges, também de São José – SC, parceria que já dura oito anos. “Além de companheiro, um amigo que juntos conquistamos vários títulos e se Deus quiser vamos continuar conquistando. Só tenho a lhe agradecer por esses 8 anos de parceria”, comenta. Como laçador, Silvio diz admirar Sebastião Borges e como narrador Eduardo Bartz.

            O laçador também diz que os pontos positivos dos rodeios é reunir famílias, trazendo mídia, gerando empregos. ”É um dos esportes que mais cresce no Brasil”. Já os pontos negativos, conforme ele, é encurtamento e alongamento de raia.

            O jovem, hoje com 21 anos, é considerado como um dos melhores laçadores do Estado de Santa Catarina, e segundo ele, além de ser gratificante é também motivador. “Muito gratificante! Me sinto muito feliz e isso me motiva ainda mais para continuar praticamente esse esporte”. Além de laçador, também é graduando em Ciências Contábeis e sua rotina é estudar e montar em seus cavalos. Os planos para o futuro são se formar e continuar indo aos rodeios.

Treine, dedica-se, seja humilde e tenha fé! (Silvio Duarte Neto)

Texto: Caroline Silva
Foto: João Eder Borges




terça-feira, 10 de julho de 2018

Guilherme Damke - do marcante rodeio de equipes em Caçapava do Sul


Guilherme Damke nasceu em Girua – RS, mas foi criado em Santo Ângelo – RS, e foi lá que sua história no laço começou já aos cinco anos. “Comecei com o incentivo do meu pai e meu dindo, sem eles não estaria no mundo dos rodeios. Como todo início comecei na vaca parada, cada dia aprendendo algo diferente e me interessando cada vez mais por esse esporte”, lembra Damke.

Como todo laçador, ele também teve um cavalo diferente dos demais. Fala com carinho sobre a sua égua tordilha crioula. “Foi a égua que em toda a minha trajetória do laço foi a que mais significou pra mim. Ela sabia exatamente o que deveria fazer, independente de gado, pista. A melhor égua que já tive até hoje”, comenta.

E, embora tenha ganhado os dois carros na Vacaria em 2014, também dois carros nos Praianos em 2014, ter sido vice-campeão gaúcho e campeão do congresso brasileiro da ABQM, Guilherme diz que nenhuma dessas vitórias o marcou tanto como o rodeio de equipe em Caçapava do Sul. “Laçava eu, Vagner Carvalho, Vinicius Forgiarini, Ricardo Astigarraga e Lucas Forgiarini. Esse rodeio me marcou não pela premiação, mas sim pelo o que aconteceu durante o evento. No sábado o pai do meu irmão Ricardo Astigarraga faleceu, e fomos ao velório dele no mesmo dia,  e no outro dia ele voltou para o rodeio e acabamos ganhando a força A. A arquibancada ficou de pé na volta olímpica. Isso sim jamais esquecerei em toda minha vida”.

Damke diz que o título que falta ganhar e gostaria ser campeão é a força A do Rodeio Internacional de Vacaria. Os pontos positivos dos rodeios atualmente, segundo ele, é a qualidade dos eventos. “Altas premiações, gado bom, estrutura. Os organizadores vêm se empenhando cada vez mais para que os laçadores se sintam bem e motivados no rodeio”. Ele também diz que o rodeio da Cabanha Quinheca, em Cachoeira do Sul, foi um dos mais organizados que foi até hoje.

O laçador que Guilherme admira é Alfredo do Carmo. “Admiro e falo que não é de hoje, conheço ele a mais ou menos 12 anos e continua no meio do cavalo”. Já narradores ele menciona Neco e Candido Neto. Atualmente não tem dupla fixa e conta estar treinando e laçando em rodeios muito pouco. “Trabalho junto com minha família e não tenho tido muito tempo para praticar o esporte. Meus planos para o futuro é seguir laçando, indo menos a rodeio e selecionando os mais cobiçados para ir participar”.

A minha mensagem é que a pessoa se dedique no que faz, treine, foco, ambição. E que seja sempre a mesma pessoa com Humildade a cima de tudo, por que na vida ninguém é melhor do que ninguém.(Guilherme Damke)

Texto: Caroline Silva
Foto: Arquivo Pessoal


quinta-feira, 5 de julho de 2018

Laço de Inverno 2018 promete novidades


Segunda edição ocorre de 20 a 22 de julho, em Santa Cruz do Sul
            
          Santa Cruz do Sul prepara-se para receber a segunda edição do Laço de Inverno 2018, que acontecerá nos dias 20, 21 e 22 de julho, no Parque de Eventos. O rodeio é promovido pelo CTG Rincão da Alegria e tem apoio da Prefeitura Municipal. “Desde quando terminamos a edição do ano passado já vínhamos pensando nesse evento, da mesma forma que já temos para o ano que vem muitas ideias. Claro, a elaboração da programação específica e contratações começaram a pouco mais de 05 meses atrás”, explica Juliano Batista, responsável pela parte campeira.

            O Laço de Inverno, assim como na edição anterior, não terá encurtamento de raia, uma opção de Juliano, que já vinha sendo aplicada em rodeios anteriores que esteve à frente. “Eu vejo que um rodeio com um bom gado, com armada cerrada, não seja necessário encurtar a raia, até mesmo porque os laçadores de alto nível já estão laçando na raia curta da mesma forma que nos 100 metros, e com esse critério (na minha visão) prejudica somente os laçadores medianos e iniciantes”.

            O chefe da campeira diz que a expectativa é poder acolher os visitantes, e que as expectativas deles sejam as alcançadas. “O rodeio é sempre uma união de amigos, e a data torna-se tão esperada para que possamos rever todos, tomar um chimarrão num e outro acampamento e poder colocar na prática a programação que a gente preparou”, comenta. 

             Além das provas campeira, no sábado, 21, terá uma feijoada no salão principal, seguida de Baile com Grupo Floreio. Os ingressos poderão ser adquiridos no local, e todas as equipes inscritas no sábado de manhã ganharão ingressos cortesia para a janta. Mais informações podem ser obtidas pelo fone (051) 99729-7559.

Gostaria de agradecer ao espaço do Blog Entre os Tentos, e aproveitar para mais uma vez estender o convite a todos, sejam laçadores, visitantes, que nos prestigiem. Fazemos essa festa no meio de inverno, e o objetivo é reunir os amigos para uma confraternização e fazermos o que mais gostamos. Estaremos de porteiras abertas para acolher a todos, afinal vocês já fazem parte da nossa história. De 20 a 22 de julho, toda nossa equipe estará à disposição de cada um de vocês para melhor recebê-los na 2ª na edição do LAÇO DE INVERNO DE SANTA CRUZ DO SUL. Sejam bem-vindos! (Juliano Batista)

Texto: Caroline Silva
Foto: Divulgação