sábado, 1 de dezembro de 2018

Juliano Souza – gaúcho por onde passa


    Impossível ser do mundo do laço comprido e não conhecer esse nome: Juliano Souza. Natural de Rosário do Sul - RS, se tornou um dos melhores laçadores do Brasil e com uma característica que o sempre destaca: a bombacha. Não importa o Estado, e nem a pista, ele é gaúcho por onde passa.

    A história no laço de Juliano começou com 11 anos de idade, laçando pra curar os animais, por incentivo do seu avô. “Ele me levou pra olhar um rodeio e aí foi quando eu gostei e me apaixonei por isso”, lembra. O que faltava mesmo era só aprender a laçar porque andar a cavalo Juliano já sabia desde os dois anos de idade, já que sempre acompanhava o avô nas lidas no campo.

   Em setembro deste ano, ele foi campeão sozinho na laçada do Muralhas do Laço, em Osório – RS, jogando 78 armadas debaixo de muita chuva. No mesmo final de semana do duelo, o laçador também foi campeão da prova dos Quarto de Milha, em Esteio – RS. “Foi bastante cansativo e difícil porque eu vinha de uma laçada em que tinha laçado com três cavalos e viajado a noite”. Mas embora o cansaço, ele diz que foi uma vitória emocionante.

   Segundo ele, o ponto positivo dos rodeios é a presença da família. “É o pai, a mãe, o filho, o avô. O rodeio junta muitas famílias e faz muitas amizades. A gente que anda por todo Brasil faz amigos em tudo que é canto, e isso vale muito.”
Atualmente, Juliano tem seu próprio Centro de Treinamento, em Rosário do Sul. De janeiro a setembro de 2018 havia faturado R$ 53.200,00 reais laçando.

Eu diria para quem quiser ser um bom laçador hoje que tem que ir atrás, ter um bom cavalo, um laço bom, treinar, tirar dúvidas e ter humildade. Muitos dessas piazadas começam na vaca parada colocando armada de barriga e eu acho que não é assim, precisa tentar mostrar para as pessoas e não precisa andar falando. Um amigo meu dizia que se a pessoa é boa em alguma coisa ela não precisa estar falando, os outros vão ver. (Juliano Souza)

Texto: Caroline Silva
Foto: Arquivo Pessoal


terça-feira, 9 de outubro de 2018

Beto Soares – da paixão pelo laço ao orgulho dos filhos


        Foi a própria lida do campo que despertou o gosto pelo cavalo e pelos rodeios em um dos ícones do laço comprido: Beto Soares. “Meu pai era capataz de fazenda e me criei no meio. Começamos a ir aos rodeios, que não eram muitos, mas ele foi me incentivando”, lembra. Com o passar do tempo os títulos foram surgindo, e um dos mais importantes para o laçador foi na cidade de Rolante – RS, onde pela primeira vez em uma disputa foram dadas 30 voltas de laço. Na laçada Beto foi campeão junto com Zé Paraguai, ficando conhecido como Beto 30.  

      Beto é pai de Alan Soares e Ariane Soares, ambos vistos como os melhores do Brasil no laço comprido. Para ele, é motivo de orgulho os filhos seguirem o seu caminho e seus ensinamentos. “Não tenho palavras para descrever a felicidade que a gente tem”. No momento da entrevista Ariane, que estava acompanhando, aproveitou para ressaltar que o pai nunca disse que ela e o irmão são os melhores, o que enxerga como ponto positivo. “Nunca na vida ele falou que a gente é bom, ele diz que sempre temos o que aprender”, diz Ariane.

     Ainda falando sobre os filhos, ele lembra sobre o começo no laço dos dois. “O Alan tinha que atirar 100 armadas por dia na vaca parada, e a nega nunca gostou de laçar na parada. O Alan quando tava achando que tava laçando muito quis balaquear e então levei para três rodeios sem cavalo e deixei limpando o meu laço e dos nossos amigos. E aí nunca mais ele falou que laçava muito”, revela Beto.

    Para a família, o animal mais especial e diferente dos outros foi a égua Pitanga. “O Alan laçava muito com ela, era o xodó dele, e quando eu tava começando a laçar deu cólica na égua e ela morreu, mas marcou muito a nossa vida, pois foi com ela o começo de tudo”, comenta Ariane.

    Para Beto, o maior problema dos rodeios de hoje em dia é a raia curta e o custo alto dos rodeios. “Para mim no caso que sempre estamos mexendo com cavalo novo é a raia curta. Ficou caro para tratar e encilhar um cavalo. Para o profissional também ficou ruim por causa dessas paração que obriga o laçador parar e ás vezes não tira as despesas”. Segundo ele, antigamente os rodeios eram melhores na questão do gado, pois era xucro e melhor de laçar.

Em primeiro lugar tem que ser humilde, treinar muito, se dedicar, ter um bom cavalo e um bom laço. Ter humildade para tentar aprender com quem sabe, sentar na cerca e olhar os que admira. Mas se não tiver humildade não vai para frente (Beto Soares).

Texto: Caroline Silva
Foto: Fagner Almeida



quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Por trás de Mulheres na Doma


Uma é campeã de rédeas, outra laçadora e uma domadora profissional de cavalos. Três jovens de distintos gostos e lugares, mas com uma paixão em comum que as uniu: o cavalo. Há seis meses o desafio havia sido lançado: domar potras xucras para a série Mulheres na Doma, diante das câmeras do Programa Cavalos Crioulos, veiculado pela rede Bandeirantes. Todas as gravações acontecem na Cabanha São Rafael, em São Luiz do Purunã – PR.

            Há quem pense que o desafio foi encarado de forma fácil por Andressa Tasch, 28 anos, já que é domadora e treinadora de cavalos, mas ela garante que não. “O que sempre falo, eu não sei tudo, a gente tá nesse mundo sempre aprendendo. Eu aprendi muitas coisas com o Lucas (domador e instrutor na série), assim como ele comigo, a gente nunca sabe tudo”. A jovem conta que domou seu primeiro potro com 12 anos, isso porque recebeu muito incentivo do falecido avô a tomar gosto pela lida. “Eu sempre fui curiosa em relação a como os cavalos ficavam submissos aos nossos comandos”, comenta Andressa.

            Foi também ainda na infância que o cavalo começou a fazer parte da vida de Joana Azevedo, 28 anos. A primeira prova de tambor foi com cinco anos, e claro, sempre com o incentivo da família. “Quando eu tinha mais ou menos 12 anos, meu pai me contou um pouco mais sobre rédeas. Logo fiz minha primeira prova e de lá não parei mais”. Mas apesar de participar de provas com cavalos há anos e ter um contato direto com esses animais, confessa que pensou que não teria condições de participar da série. “Monto quase que diariamente, participo de competições há muitos anos, mas nunca domei um cavalo. Na sequencia, ao saber como seria o projeto mais a fundo, resolvi participar e aceitar o desafio”, conta Joana.

            Para Alessandra Clemente, 27 anos, o cavalo também entrou na sua vida por incentivo da família, mais especificamente por causa do pai e irmão. De início participava de provas de rédea, porque na época eram poucos os rodeios com a modalidade do laço prenda. No entanto, começou a aparecer mais mulheres que laçavam, e por isso a jovem começou a participar também das provas de laço, o que hoje é seu lazer.  Segundo ela, o convite para domar potras xucras diante das câmeras foi uma surpresa.  “Me passou pela cabeça que seria um baita desafio, e que eu estaria muito exposta, porém eu não pensei em nada, pensei apenas no desafio pessoal pra mim, e aceitei de coração aberto”.
Joana a esquerda da foto, Alessandra ao centro, e Andressa a direita.


Os desafios
E no decorrer da série muitos foram os desafios enfrentados pelas domadoras. As jovens são desafiadas a cada capítulo pelos animais. Para Andressa, por exemplo, a maior dificuldade foi a mudança de uma potra para um potro – pois sua potra teve um problema nos dentes e não pode continuar. “O potro tem me desafiado do início ao fim da lida”, comenta.

Já para Joana foi aprender a lidar com a insegurança que tinha no começo e o trabalho de chão com a potra Gata Morena. “No início eu me sentia um pouco insegura entre o que eu tinha conhecimento teórico e o que estava sendo passado. A partir do momento que montei tudo passou a ficar muito mais fácil e objetivo tanto pra mim, quanto pra égua”.

Alessandra diz que o principal desafio foi o aprender a domar, já que era algo totalmente distante para ela. “Eu já tinha lido sobre, visto vídeos mas nunca vivenciado aquilo, então todo a passo a ser dado sempre era um desafio, o sair da zona de conforto e tomar peito e coragem e fazer, e tudo isso sendo observado, filmado, julgado”.

Texto: Caroline Silva – acadêmica de Jornalismo da UNISC e de Ciências da Comunicação na UASLP, editora do Blog Entre os Tentos.
Fotos: Arquivo Pessoal

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Vanderlei Vaz - “Em questão de premiação e nível de laço os rodeios hoje são melhores”.


         Foi em Pilar do Sul – SP, onde mora até hoje, que tudo começou. Atualmente com 42 anos, Vanderlei Vaz, lembra com carinho como começou sua vida no laço. “Comecei quando fui trabalhar no campo com meu pai, na lida com o gado. A partir daí comecei a laçar bezerros para curar e fui pegando gosto”. E com 12 anos, começou a laçar em torneios próximos de sua casa.

            Vanderlei é pai das laçadoras Amanda Vaz e Fernanda Vaz. Amanda, inclusive é considerada como uma das melhores do Brasil, guardando títulos importantes como  campeã da camionete no Circuito Nacional de Laço Comprido – CLC e da camionete no Haras Barcelona. “É um orgulho muito grande e me sinto realizado como pai, pois as duas meninas com pouca idade já me fazem realizado, principalmente no laço comprido”.

            Ele conta que muitos de seus animais se tornaram especiais, seja pela bondade ou por participar da conquista de um grande prêmio. “Mas tem uma que eu senti muito quando perdi, a Chalana, que era praticamente parte da nossa família”. O laçador também diz que são muitas as lembranças durante tantos anos em rodeios, mas o que mais lhe marcou foi a vitória no rodeio Internacional de Vacaria, ao lado do amigo Reni Soares.

            Segundo Vanderlei, os rodeios de hoje em dia estão melhores em questão de premiação, embora tenha virado uma espécie de comércio. “O que mais mudou é que hoje em dia o laço está se tornando um comércio e também aumenta a cada dia a burocracia para você ir a um rodeio. Em questão de premiação e nível de laço os rodeios de hoje são melhores. Os laços de hoje também são melhores”.

            Sua rotina hoje é totalmente diferente de alguns anos atrás. Ele diz que agora seleciona os rodeios. “Hoje escolho os rodeios em que vamos, pois as meninas estão se dedicando aos estudos, por isso vamos nos melhores e naqueles que mais compensam”. O maior orgulho é ter sido 9 vezes campeão da Vacaria. “Meu imenso carinho é pelos noves títulos que tenho em Vacaria, por ser um dos rodeios mais desejados por todos e foi lá que fiz um grande amigo/irmão Reni Soares”, comenta.

A pessoa nasce com um dom, mas no caminhar da vida é preciso haver muita dedicação, humildada e respeito. É assim que estou até hoje e se Deus me permitir vou seguir laçando até o último dia da minha vida. (Vanderlei Vaz)

Texto: Caroline Silva
Foto: Arquivo Pessoal
Vanderlei e as filhas Amanda e Fernanda
Vanderlei Vaz laça desde os 12 anos


quarta-feira, 25 de julho de 2018

Leandro Reis: o rodeio se profissionalizou e encareceu


          Era junho de 1971, em São Francisco de Paula – RS, que nascia um dos ícones do laço comprido: Leandro Reis. Hoje com 47 anos, conta que tudo começou aos 12 anos arrastando o laço no campo com o apoio do pai. A primeira vitória em um rodeio grande veio aos 16 anos. “Uma das boas lembranças foi o primeiro rodeio grande que eu ganhei a dupla e o individual com 16 anos no Campo dos Bugres em Caxias do Sul, já com 21 anos ganhei a Vacaria que é um sonho de todos e comecei uma parceria com o grande Daniel Fonseca”, comenta.

            Mas se ganhar já é bom, imagine ganhar duas camionetes ao lado da própria filha. Leandro é pai de Bruna Teixeira, 20 anos, uma das melhores laçadoras do Brasil. “Outra conquista bem marcante pra mim foi ganhar o título de duplas na San Rafael, no Paraná, ao lado do melhor laçador dos últimos anos, Thaian de Ávila, e duas camionetes ao lado da minha filha, uma em dupla no internacional de Osório e a outra em um quarteto no Morro da Fumaça”.

            Segundo ele, comparando os rodeios de anos atrás para os de hoje, dá para dizer que se profissionalizou e encareceu. “Não existia mudança de raia, os rodeios tinham individual e saía os campeões, hoje em dia dificilmente sai o campeão”. Leandro também comenta sobre os pontos positivos e negativos dos rodeios atualmente. “Acho muito errado mexer na raia, deviam optar por outras maneiras, gado xucro, terneiros ou mochos. De bom vejo a armada cerrada, pois é bem melhor perder pra uma vaca baldosa do que pra algum juiz ruim ou mal intencionado”.

            Orgulho mesmo ele sente da filha, por já ter conquistado títulos importantes. “Sinto muito orgulho em ter sido campeã nos três maiores rodeios do sul do Brasil, pois ela com 20 anos já conseguiu esse feito, acho que é um orgulho pra qualquer pai”. Ele também diz que por causa da crise deu uma diminuída nos rodeios, mas sempre que dá comparece aos eventos.

            Leandro guarda com carinho os títulos que conquistou no Rodeio Internacional da Vacaria, nos anos 90. “Não tem como fugir que a Vacaria é o mais importante. Foram dois títulos que dois carregam, as duplas e o individual no internacional da Vacaria, as duplas em 1992 e o individual em 1998”.

Dedicação com certeza, pra mim é difícil falar, pois acho que treino é importante, mas nunca treinei, acho que vem de berço e tem que ter o dom. (Leandro Reis)

Texto: Caroline Silva
Foto: Arquivo Pessoal


quinta-feira, 19 de julho de 2018

Silvio Duarte Neto – bi-campeão do gladiador do laço


         Tudo começou graças a seu pai, que sempre cuidou de cavalos. O início foi cedo, com dois anos, sendo que aos três já veio o primeiro título na vaca parada. A história de hoje é de Silvio Duarte Neto, de São José – SC. “Tudo começou porque meu pai cuida de cavalos, tem estrebarias, então já nasci no meio do cavalo e desde pequeno já laçava os bichos no galpão e principalmente vaca parada”, conta Silvio.

            O cavalo mais especial que teve até hoje foi o rosilho, e é dele que fala com orgulho. “Uns dos melhores que já montei, e com ele conquistei vários títulos importantes”.  Orgulho tem também de ter sido bi-campeão do gladiador do laço. “Umas das laçadas mais almejadas pelos laçadores de Santa Catarina e difícil de ser conquistada”. Porém, é ser campeão da laçada oficial de duplas no rodeio internacional de Vacaria – RS, que ele ainda sonha ser.

            Atualmente faz dupla com João Eder Borges, também de São José – SC, parceria que já dura oito anos. “Além de companheiro, um amigo que juntos conquistamos vários títulos e se Deus quiser vamos continuar conquistando. Só tenho a lhe agradecer por esses 8 anos de parceria”, comenta. Como laçador, Silvio diz admirar Sebastião Borges e como narrador Eduardo Bartz.

            O laçador também diz que os pontos positivos dos rodeios é reunir famílias, trazendo mídia, gerando empregos. ”É um dos esportes que mais cresce no Brasil”. Já os pontos negativos, conforme ele, é encurtamento e alongamento de raia.

            O jovem, hoje com 21 anos, é considerado como um dos melhores laçadores do Estado de Santa Catarina, e segundo ele, além de ser gratificante é também motivador. “Muito gratificante! Me sinto muito feliz e isso me motiva ainda mais para continuar praticamente esse esporte”. Além de laçador, também é graduando em Ciências Contábeis e sua rotina é estudar e montar em seus cavalos. Os planos para o futuro são se formar e continuar indo aos rodeios.

Treine, dedica-se, seja humilde e tenha fé! (Silvio Duarte Neto)

Texto: Caroline Silva
Foto: João Eder Borges




terça-feira, 10 de julho de 2018

Guilherme Damke - do marcante rodeio de equipes em Caçapava do Sul


Guilherme Damke nasceu em Girua – RS, mas foi criado em Santo Ângelo – RS, e foi lá que sua história no laço começou já aos cinco anos. “Comecei com o incentivo do meu pai e meu dindo, sem eles não estaria no mundo dos rodeios. Como todo início comecei na vaca parada, cada dia aprendendo algo diferente e me interessando cada vez mais por esse esporte”, lembra Damke.

Como todo laçador, ele também teve um cavalo diferente dos demais. Fala com carinho sobre a sua égua tordilha crioula. “Foi a égua que em toda a minha trajetória do laço foi a que mais significou pra mim. Ela sabia exatamente o que deveria fazer, independente de gado, pista. A melhor égua que já tive até hoje”, comenta.

E, embora tenha ganhado os dois carros na Vacaria em 2014, também dois carros nos Praianos em 2014, ter sido vice-campeão gaúcho e campeão do congresso brasileiro da ABQM, Guilherme diz que nenhuma dessas vitórias o marcou tanto como o rodeio de equipe em Caçapava do Sul. “Laçava eu, Vagner Carvalho, Vinicius Forgiarini, Ricardo Astigarraga e Lucas Forgiarini. Esse rodeio me marcou não pela premiação, mas sim pelo o que aconteceu durante o evento. No sábado o pai do meu irmão Ricardo Astigarraga faleceu, e fomos ao velório dele no mesmo dia,  e no outro dia ele voltou para o rodeio e acabamos ganhando a força A. A arquibancada ficou de pé na volta olímpica. Isso sim jamais esquecerei em toda minha vida”.

Damke diz que o título que falta ganhar e gostaria ser campeão é a força A do Rodeio Internacional de Vacaria. Os pontos positivos dos rodeios atualmente, segundo ele, é a qualidade dos eventos. “Altas premiações, gado bom, estrutura. Os organizadores vêm se empenhando cada vez mais para que os laçadores se sintam bem e motivados no rodeio”. Ele também diz que o rodeio da Cabanha Quinheca, em Cachoeira do Sul, foi um dos mais organizados que foi até hoje.

O laçador que Guilherme admira é Alfredo do Carmo. “Admiro e falo que não é de hoje, conheço ele a mais ou menos 12 anos e continua no meio do cavalo”. Já narradores ele menciona Neco e Candido Neto. Atualmente não tem dupla fixa e conta estar treinando e laçando em rodeios muito pouco. “Trabalho junto com minha família e não tenho tido muito tempo para praticar o esporte. Meus planos para o futuro é seguir laçando, indo menos a rodeio e selecionando os mais cobiçados para ir participar”.

A minha mensagem é que a pessoa se dedique no que faz, treine, foco, ambição. E que seja sempre a mesma pessoa com Humildade a cima de tudo, por que na vida ninguém é melhor do que ninguém.(Guilherme Damke)

Texto: Caroline Silva
Foto: Arquivo Pessoal


quinta-feira, 5 de julho de 2018

Laço de Inverno 2018 promete novidades


Segunda edição ocorre de 20 a 22 de julho, em Santa Cruz do Sul
            
          Santa Cruz do Sul prepara-se para receber a segunda edição do Laço de Inverno 2018, que acontecerá nos dias 20, 21 e 22 de julho, no Parque de Eventos. O rodeio é promovido pelo CTG Rincão da Alegria e tem apoio da Prefeitura Municipal. “Desde quando terminamos a edição do ano passado já vínhamos pensando nesse evento, da mesma forma que já temos para o ano que vem muitas ideias. Claro, a elaboração da programação específica e contratações começaram a pouco mais de 05 meses atrás”, explica Juliano Batista, responsável pela parte campeira.

            O Laço de Inverno, assim como na edição anterior, não terá encurtamento de raia, uma opção de Juliano, que já vinha sendo aplicada em rodeios anteriores que esteve à frente. “Eu vejo que um rodeio com um bom gado, com armada cerrada, não seja necessário encurtar a raia, até mesmo porque os laçadores de alto nível já estão laçando na raia curta da mesma forma que nos 100 metros, e com esse critério (na minha visão) prejudica somente os laçadores medianos e iniciantes”.

            O chefe da campeira diz que a expectativa é poder acolher os visitantes, e que as expectativas deles sejam as alcançadas. “O rodeio é sempre uma união de amigos, e a data torna-se tão esperada para que possamos rever todos, tomar um chimarrão num e outro acampamento e poder colocar na prática a programação que a gente preparou”, comenta. 

             Além das provas campeira, no sábado, 21, terá uma feijoada no salão principal, seguida de Baile com Grupo Floreio. Os ingressos poderão ser adquiridos no local, e todas as equipes inscritas no sábado de manhã ganharão ingressos cortesia para a janta. Mais informações podem ser obtidas pelo fone (051) 99729-7559.

Gostaria de agradecer ao espaço do Blog Entre os Tentos, e aproveitar para mais uma vez estender o convite a todos, sejam laçadores, visitantes, que nos prestigiem. Fazemos essa festa no meio de inverno, e o objetivo é reunir os amigos para uma confraternização e fazermos o que mais gostamos. Estaremos de porteiras abertas para acolher a todos, afinal vocês já fazem parte da nossa história. De 20 a 22 de julho, toda nossa equipe estará à disposição de cada um de vocês para melhor recebê-los na 2ª na edição do LAÇO DE INVERNO DE SANTA CRUZ DO SUL. Sejam bem-vindos! (Juliano Batista)

Texto: Caroline Silva
Foto: Divulgação





quarta-feira, 6 de junho de 2018

Rick do Canto – o tanque de guerra do laço comprido


                Nascido, criado e morador de Santa Maria – RS, Rick do Canto, 25 anos, começou no laço comprido com 13 anos. Vindo de uma família que não fazia parte do esporte e com poucas condições na época, hoje ele é uma das superações do laço. “Minha mãe faleceu há dois anos, mas sempre foi minha grande incentivadora, por isso tudo que consigo ganhar dedico a ela sempre”, comenta o laçador.

                Mas quando o assunto é cavalo especial, Rick não deixa de lembrar do Preto Véio. “Esse é o meu mimoso que me acompanha a 10 anos já desde o início, hoje já fora das pistas deixo ele no campo descansando”. Mas não dá para deixar de fora o cavalo Baio. “Também tem o baio que ainda tenho que foi com ele que também tive muitas alegrias no laço. Esses dois representam muito para mim e se Deus quiser vão ficar na minha mão até quando chegar a hora deles”.

            Como suas vitórias mais marcantes ele cita duas. No ano de 2011, Rick ganhou o laço seleção na Festa Campeira do Estado do Rio Grande do Sul (Fecars). “Éramos a seleção em tese mais fraca, mas com união e raça conseguimos aquilo me marcou e me ensinou muito”. A outra foi o 2° Encontro das feras do laço na cidade de António Prado. “ Tive a sorte e a honra de estar entre os vencedores nas 117 armadas. Na verdade, ali foi minha maior superação, pois nem nos meus melhores pensamentos eu imaginei chegar em tal conquista”.

                Segundo o jovem, os pontos positivos dos rodeios são as oportunidades de conhecer pessoas e lugares. Já os pontos negativos, para ele, é o impacto que os rodeios sofrem pela situação atual do país, o que torna mais caros e competitivos. “Por isso acabam as premiações sendo divididas em muitos competidores, a famosa paração, que muitas vezes, mal tira as despesas e também os organizadores na maioria das vezes se obrigam a encurtar raia em todas laçadas, o que tira o brilho das grandes disputas pela dificuldade que dá ao laçador. ”

                Embora não tenha uma dupla fixa, ele diz ver um futuro próximo com um novo nome de duplo. “ Estou começando uma parceria que vejo futuro, pois se trata de um grande laçador do tempo antigo e uma grande pessoa Rodrigo Leães da cidade de Jari RS. Sobre essa dupla só espero que Deus sempre abençoe essa amizade e nos dê muitas felicidades dentro e fora das pistas”.

            Os sonhos no laço? Parecido como de muitos laçadores: Ser campeão da dupla Oficial do rodeio da Vacaria, e também de conhecer e ganhar algo no CLC (Brasileirão, em Campo Grande - MS). Fora dos rodeios, Rick faz parte do exército de Santa Maria. “Os planos para o futuro são conseguir a aprovação em algum concurso, que é algo que já estou correndo atrás e também concretizar minha família ter filhos. ”

            Para quem está começando ou pretender ser um bom laçador tem que se basear em três pilares: " Humildade, persistência e fé. Juntando isso com muito treino e força de vontade você realiza coisas que até você mesmo dúvida”.
Texto: Caroline Silva
Foto: Arquivo Pessoal


segunda-feira, 23 de abril de 2018

Confira os vencedores do Crioulaço 2018 em Esteio – RS


Após três dias de disputa, encerrou ontem, 22, a final do Crioulaço 2018, no Parque Assis Brasil, em Esteio – RS. Foram 13 modalidades de Laço contempladas pela ABCCC.  No total, em três dias de competição foram quase 40 horas de intensa disputa, e o fechamento foi finalmente hora de conhecer os campeões do Laço Criador (A e B) e dos Crioulaços dupla (A, B e C). É importante destacar algumas atitudes de alguns laçadores em algumas disputas: Ariane Soares e Beto Soares, na laçada do pai e filha, eram os atuais campeões da modalidade em 2017, e repartiram com Eduarda Lima e Silmar Lima. Já no laço criador, o atual campeão, Guto Vieira, abriu mão do título deixando para Vinicius Porto, de 13 anos. 
Saiba quem foram os vencedores de cada modalidade:
CRIOULAÇO FORÇA A
1º lugar
Joelsio Andrade montando Quatro de Paus da Hulha Negra e Luan da Silva montando NZ Gatita

2º lugar
Giliarde Tamara montando Tarimba do Guassupi e Jonatan Costa montando Recoulta do Guassupi

3º lugar
João Adam montando Rosa da Figueira e André Machado montando Granada da Marca Casco
  
CRIOULAÇO FORÇA B
1º lugar
Pedro Henrique montando Tirana II do Mano e Tiago Schneider montando Melindrosa do Mano

2º lugar
Douglas Lindner montando Demanda Pousada e Matheus Avila Oliveira montando WL Ditador

3º lugar
Gustavo Freitas montando Lança de Prata do Jacaré e Alexandre Marchese montando Hulha 104 do Cerro Velho

4º lugar
Lucas Antonello montando Duna do Xiniquá e Ricardo dos Santos montando Ambiciosa da Dom Tato
5º lugar
Bruno Ribeiro montando RE Erva Mate e Kleber Turatti montando Rabino do Trinta e Oito

CRIOULAÇO FORÇA C
1º lugar
João Pedro Brunetto montando Amorosa da Moroca e Luiz Henrique Francisquete montando Caliterra Amstad

2º lugar
Cassiano Silva Martins montando SR Umbanda e Diego Ferreira Nunes montando JPR Karate

3º lugar
Marcelo Carneiro montando Graúno do Contaponto e Daniel Correa montando UME Kiko

4º lugar
Wagner Cunha montando Toque Opalina e Marco Antônio Baptista montando Boleadeira da Taça

5º lugar
Sérgio Leão montando Caruncho da Tradição e Edlein da Silva montando Da Cor do Pecado Temporona


LAÇO CRIADOR FORÇA A
1º lugar
Vinícius Porto montando Boneco da Maria Castelhana

2º lugar
Antônio Augusto Viera montando Jóia Rara da Estância do Caverá

3º lugar
Maurício Ribeiro montando Maria Bonita da República Crioula

4º lugar
Tiago Schneider montando Melindrosa do Mano

5º lugar
Dorvalino Gambato montando Arabela das Antas

LAÇO CRIADOR FORÇA B
1º lugar
Fabiano Matter montando Manilha da Fama

2º lugar
Oscar Francisco Silveira Collares montando Retinta da São Leonardo

3º lugar
Rodrigo Lenz montando Querência do Senhor Miguel

4º lugar
Mauro Luis Steffen montando Dançarina do Vô Willi

5º lugar
Favorino Collares montando Melosa da Don Leonardo
Fonte: http://www.cavalocrioulo.org.br/ 
Luan da Silva e Joelsio Andrade, 1º lugar dupla força A