quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Giliard Tâmara quer ser campeão da dupla oficial de Vacaria

 Apesar de já acumular títulos importantes no laço comprido como Rei das Coxilhas, laçada de equipe no CLC, e dois anos consecutivos campeão da final da nacional do Cavalo Crioulo, em Esteio, o laçador Giliard Tâmara sonha em ser campeão da dupla oficial do rodeio internacional de Vacaria. Alias, desejo de muitos outros competidores.


O profissional do laço pratica o esporte desde os 12 anos e fala que recebeu incentivo de um amigo da família. “Comecei porque me criei nesse meio dos rodeios e tive incentivo de um grande amigo da nossa família que hoje está afastado dos rodeios devido a idade, mas agradeço muito a ele por ter me ajudado naquela época”, lembra.


Natural de Santana do Livramento – RS, atualmente o laçador mora em Santa Maria – RS, onde tem um Centro de Treinamento e doma com o foco em cavalos de laço. Para ele o animal que mais o marcou neste anos de laço foi sua atual égua. “Pra mim uma das melhores éguas, é a que laço atualmente, por ser um animal novo mas que pra mim é diferenciada”, comenta.


Para ele, os rodeios tem vários pontos positivos, principalmente o de gerar oportunidades. “Para mim os rodeios tem muitos pontos positivos, porque gera trabalho de várias formas, desde o laçador até o caminhoneiro, pessoas que dependem do rodeio pra sobreviver, como narradores, dono de gado, pessoal da mangueira, julgadores e etc”, diz.


Mas também tem pontos negativos. Conforme Giliard, os eventos estão caros. “O rodeio se tornou muito caro atualmente fazendo com que laçadores de menores condições ou que não sejam patrocinados muitas vezes não conseguem participar”, ressalta.

O laçador também deixa um recado para aqueles que ainda sonham em tornar-se um grande laçador. “Nunca desista dos seus sonhos e nunca esqueça de quem te ajudou a chegar lá. Sempre com humildade e fé”, destaca. 


 


terça-feira, 14 de setembro de 2021

Um gigante do MS: Thiago Cardinal conta sua trajetória no laço comprido

Diretamente de Ponta Porã - MS, Thiago Cardinal conquistou o mundo, literalmente, já que hoje mora no Paraguai. Além disso também conquistou muitos títulos, vários ao lado de Reginaldo Buguinho.

O laçador começou a laçar aos 4 anos na vaca parada, onde já conquistou seu primeiro troféu. A cavalo mesmo foi logo depois, com 10 anos. Ele fala que naquela época era difícil de praticar o esporte, mas não desistiu. “Era bem difícil para treinar, não era com hoje, aí comecei a seguir mesmo treinando e rodeios com 13 anos”, conta.

Como esquecer da égua Cigana? Thiago lembra com carinho da sua companheira mais marcante no laço comprido. “Era uma tordilha que eu tinha , a Cigana, quando comecei não tinha animal só laçava em animal emprestado, aí meu padrinho me deu de presente essa égua, que laçei nela por 17 anos, e nesses 17 anos ela me deu muitos títulos”, destaca.

Atualmente o profissional do laço trabalha em uma fazenda e treina de duas a três vezes na semana. Além disso, ele também se ocupa com vendas de laço e chapéus Karandá.

Hoje com 32 anos, o rapaz deixa um recado a todos aqueles que sonham em tornar-se um laçador profissional um dia. “Seja grato a Deus por tudo o que ele te proporciona. Seja forte e corajoso e não desista dos seus sonhos! A cada obstáculo lembre-se de onde você começou e onde quer chegar . Dedique-se e seja sempre humilde, assim Deus abençoará seus planos”, enfatiza.


 

sábado, 7 de agosto de 2021

"Para mim foi triste", diz patrão do rodeio de Vacaria sobre cancelamento do evento

Nesta terça-feira (03) o mundo do laço comprido recebeu a triste notícia do cancelamento do 34º Rodeio Internacional de Vacaria, que estava marcado para ocorrer de 29 de janeiro a 6 de fevereiro de 2022. A decisão foi da atual patronagem do CTG Porteira do Rio Grande. Devido a grande repercussão da notícia, o blog Entre os Tentos realizou uma entrevista exclusiva com o patrão Elvio Guagnini Rossi. Confira: 


1) Muitos falam de por que não fazer o rodeio em 2023. Teria essa possibilidade ou realmente só em 2024? 

Elvio: Em julho de 2022 tem a troca da patronagem e aí o próximo patrão decide se vai fazer ou não, mas pelo  que a gente vê do rodeio e conhece, provavelmente não. A gente não anuncia uma nova data porque eu não tenho mais tempo como patrão e aí eles decidem. 

2) O avanço da vacinação não foi um fator importante para o não cancelamento? 

Elvio: Eu particularmente tenho muita incerteza e insegurança porque o rodeio da Vacaria é muito grande, no último evento contabilizamos mais de 300 mil pessoas, delegações de mais de 17 estados da federação brasileira, Argentina, Paraguai, Chile, Uruguai, é uma festa onde qualquer tipo de protocolo fica difícil de controlar. Estão retornando outras festas como a Expointer com limitação de público e eu não vejo o rodeio da vacaria com limitação de público. A decisão foi tomada em respeito a vida, aos profissionais da saúde, precaução, cuidado, respeito a família. Como eu vou controlar a entrada de pessoas nos bailes? Na arquibancada da gineteada? Uma coisa é um torneio de laço com 150/200 inscrições, isso é um tipo de festa. O rodeio de Vacaria é uma festa que não conseguimos fazer sozinhos, precisamos de muitas pessoas, e não nos sentimos a vontade de bater na porta dessas pessoas para pedir ajuda. O principal motivo é essa insegurança de não sabermos como vai estar até lá e não podemos fazer um rodeio com limitações e protocolos. Respeito a opinião de todos, mas temos nossa conduta de vida. 

3) O que representa a não realização da vacaria para você e para o laço comprido? Todos lamentam muito, mas imagino que para você na condição de patrão não foi fácil tomar essa decisão. O que tem a falar sobre isso?

Elvio: Para mim foi triste, uma decisão muito difícil, pensamos muito, conversamos muito, consultei autoridades locais, não foi uma decisão tomada somente pela patronagem e chegamos a essa conclusão que o prejuízo seria maior, imagina se cancela em uma semana antes do rodeio? Respeitamos todos os tipos de eventos, mas o modelo do rodeio de Vacaria eu acho que não pode ser mudado. O prejuízo é enorme tanto cultural quanto financeiro. O rodeio movimenta muitos setores, mas sempre aquela premissa pela vida.

O patrão Elvio que se despede da patronagem em julho do próximo ano também aproveitou para anunciar uma laçada promovida pelo CTG Porteira do Rio Grande em fevereiro. "De 4, 5 e 6 de fevereiro estaremos fazendo uma laçada com inscrições limitadas, com os protocolos a serem seguidos, um evento de mais fácil controle", conta.