Rick do Canto – o tanque de guerra do laço comprido


                Nascido, criado e morador de Santa Maria – RS, Rick do Canto, 25 anos, começou no laço comprido com 13 anos. Vindo de uma família que não fazia parte do esporte e com poucas condições na época, hoje ele é uma das superações do laço. “Minha mãe faleceu há dois anos, mas sempre foi minha grande incentivadora, por isso tudo que consigo ganhar dedico a ela sempre”, comenta o laçador.

                Mas quando o assunto é cavalo especial, Rick não deixa de lembrar do Preto Véio. “Esse é o meu mimoso que me acompanha a 10 anos já desde o início, hoje já fora das pistas deixo ele no campo descansando”. Mas não dá para deixar de fora o cavalo Baio. “Também tem o baio que ainda tenho que foi com ele que também tive muitas alegrias no laço. Esses dois representam muito para mim e se Deus quiser vão ficar na minha mão até quando chegar a hora deles”.

            Como suas vitórias mais marcantes ele cita duas. No ano de 2011, Rick ganhou o laço seleção na Festa Campeira do Estado do Rio Grande do Sul (Fecars). “Éramos a seleção em tese mais fraca, mas com união e raça conseguimos aquilo me marcou e me ensinou muito”. A outra foi o 2° Encontro das feras do laço na cidade de António Prado. “ Tive a sorte e a honra de estar entre os vencedores nas 117 armadas. Na verdade, ali foi minha maior superação, pois nem nos meus melhores pensamentos eu imaginei chegar em tal conquista”.

                Segundo o jovem, os pontos positivos dos rodeios são as oportunidades de conhecer pessoas e lugares. Já os pontos negativos, para ele, é o impacto que os rodeios sofrem pela situação atual do país, o que torna mais caros e competitivos. “Por isso acabam as premiações sendo divididas em muitos competidores, a famosa paração, que muitas vezes, mal tira as despesas e também os organizadores na maioria das vezes se obrigam a encurtar raia em todas laçadas, o que tira o brilho das grandes disputas pela dificuldade que dá ao laçador. ”

                Embora não tenha uma dupla fixa, ele diz ver um futuro próximo com um novo nome de duplo. “ Estou começando uma parceria que vejo futuro, pois se trata de um grande laçador do tempo antigo e uma grande pessoa Rodrigo Leães da cidade de Jari RS. Sobre essa dupla só espero que Deus sempre abençoe essa amizade e nos dê muitas felicidades dentro e fora das pistas”.

            Os sonhos no laço? Parecido como de muitos laçadores: Ser campeão da dupla Oficial do rodeio da Vacaria, e também de conhecer e ganhar algo no CLC (Brasileirão, em Campo Grande - MS). Fora dos rodeios, Rick faz parte do exército de Santa Maria. “Os planos para o futuro são conseguir a aprovação em algum concurso, que é algo que já estou correndo atrás e também concretizar minha família ter filhos. ”

            Para quem está começando ou pretender ser um bom laçador tem que se basear em três pilares: " Humildade, persistência e fé. Juntando isso com muito treino e força de vontade você realiza coisas que até você mesmo dúvida”.
Texto: Caroline Silva
Foto: Arquivo Pessoal


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Romário Bispo