Por trás de Mulheres na Doma
Uma é campeã de rédeas, outra laçadora e uma domadora
profissional de cavalos. Três jovens de distintos gostos e lugares, mas com uma
paixão em comum que as uniu: o cavalo. Há seis meses o desafio havia sido
lançado: domar potras xucras para a série Mulheres
na Doma, diante das câmeras do Programa Cavalos Crioulos, veiculado pela
rede Bandeirantes. Todas as gravações acontecem na Cabanha São Rafael, em São
Luiz do Purunã – PR.
Há quem pense que o desafio foi
encarado de forma fácil por Andressa Tasch, 28 anos, já que é domadora e
treinadora de cavalos, mas ela garante que não. “O que sempre falo, eu não sei
tudo, a gente tá nesse mundo sempre aprendendo. Eu aprendi muitas coisas com o
Lucas (domador e instrutor na série), assim como ele comigo, a gente nunca sabe
tudo”. A jovem conta que domou seu primeiro potro com 12 anos, isso porque
recebeu muito incentivo do falecido avô a tomar gosto pela lida. “Eu sempre fui
curiosa em relação a como os cavalos ficavam submissos aos nossos comandos”,
comenta Andressa.
Foi também ainda na infância que o
cavalo começou a fazer parte da vida de Joana Azevedo, 28 anos. A primeira prova
de tambor foi com cinco anos, e claro, sempre com o incentivo da família. “Quando
eu tinha mais ou menos 12 anos, meu pai me contou um pouco mais sobre rédeas.
Logo fiz minha primeira prova e de lá não parei mais”. Mas apesar de participar
de provas com cavalos há anos e ter um contato direto com esses animais,
confessa que pensou que não teria condições de participar da série. “Monto
quase que diariamente, participo de competições há muitos anos, mas nunca domei
um cavalo. Na sequencia, ao saber como seria o projeto mais a fundo, resolvi
participar e aceitar o desafio”, conta Joana.
Para Alessandra Clemente, 27 anos, o
cavalo também entrou na sua vida por incentivo da família, mais especificamente
por causa do pai e irmão. De início participava de provas de rédea, porque na
época eram poucos os rodeios com a modalidade do laço prenda. No entanto,
começou a aparecer mais mulheres que laçavam, e por isso a jovem começou a
participar também das provas de laço, o que hoje é seu lazer. Segundo ela, o convite para domar potras
xucras diante das câmeras foi uma surpresa.
“Me passou pela cabeça que seria um baita desafio, e que eu estaria
muito exposta, porém eu não pensei em nada, pensei apenas no desafio pessoal
pra mim, e aceitei de coração aberto”.
Joana a esquerda da foto, Alessandra ao centro, e Andressa a direita. |
Os desafios
E no
decorrer da série muitos foram os desafios enfrentados pelas domadoras. As
jovens são desafiadas a cada capítulo pelos animais. Para Andressa, por exemplo,
a maior dificuldade foi a mudança de uma potra para um potro – pois sua potra teve
um problema nos dentes e não pode continuar. “O potro tem me desafiado do
início ao fim da lida”, comenta.
Já para
Joana foi aprender a lidar com a insegurança que tinha no começo e o trabalho
de chão com a potra Gata Morena. “No início eu me sentia um pouco insegura entre
o que eu tinha conhecimento teórico e o que estava sendo passado. A partir do
momento que montei tudo passou a ficar muito mais fácil e objetivo tanto pra
mim, quanto pra égua”.
Alessandra
diz que o principal desafio foi o aprender a domar, já que era algo totalmente
distante para ela. “Eu já tinha lido sobre, visto vídeos mas nunca vivenciado
aquilo, então todo a passo a ser dado sempre era um desafio, o sair da zona de
conforto e tomar peito e coragem e fazer, e tudo isso sendo observado, filmado,
julgado”.
Texto:
Caroline Silva – acadêmica de Jornalismo da UNISC e de Ciências da Comunicação
na UASLP, editora do Blog Entre os Tentos.
Fotos:
Arquivo Pessoal
Por trás de Mulheres na Doma
Reviewed by Entre os Tentos
on
18:05
Rating:
Obrigada pelo Carinho conosco e com o projeto... ficou linda a matéria.
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