"Da Carlota para o Mundo" Mateus Santos - terceiro lugar no Camaro

É fato que quando um laçador é “famoso” ou “fenômeno” como muitos dizem, de longe se ouve o nome e já se sabe quem é. Temos fortes laçadores reconhecidos por todo Brasil, mas também temos aqueles, que são considerados como um dos melhores laçadores do País, porém, por não irem a todos os rodeios fora e os rodeios grandes, acabam não tendo toda essa visibilidade que muitos têm.

 E o nosso blog tem exatamente essa função: conhecer e contar histórias de todos os laçadores e narradores do Brasil. Aos poucos vamos contando a história de cada um, e hoje, vamos contar a história de Mateus Santos, de Santa Cruz do Sul. Para quem nunca ouviu falar ou não faz ideia de quem seja, explicamos melhor: ficou em terceiro lugar no rodeio do Camaro, levando boa parte do tão almejado prêmio, então, permita-me apresentar esse fenômeno.

Como já deu pra perceber que ele não brinca na hora de colocar a armada tramada e cerrada, ao lado de Ricardo Severo, também de Santa Cruz do Sul, são considerados como uma das melhores duplas do Brasil. A diferença é que ele prefere ir aos rodeios “da vorta”, como ele mesmo nos contou.  
Com 6 ou 7 anos começou a trilhar sua história no laço comprido, na vaca mecânica e nos torneio da volta. O incentivo de seu pai e tios, que sempre participaram de rodeios, foi fundamental na concretização desse fenômeno de hoje em dia.

Aos 23 anos, o jovem que como muitos dizem “da Carlota para o mundo”, leva uma vida simples e humilde. Sua rotina é fazer o que gosta, sempre na lida. Seu trabalho é com compra e venda de gado, então sempre esta na função de cuidar de seus animais.
Diz admirar muito como narrador, seu pai Téo Santos, porque sempre faz o rodeio andar e por ser seu maior incentivador.  Segundo ele, não tem como admirar apenas um laçador, pois muitos são admirados.
Apesar de não sair muito para rodeios pra fora, ele cita algumas vitórias que teve em rodeios grandes. “Em Buritis – MG, ganhei o individual, Coronel Vivida – PR repartimos a Camionete e ganhei uma laçada individual, Gira mundo – Santa Cruz repartimos o Camaro, dupla força A e laçada da marca, e em Cachoeira do Sul ganhei uma laçada da marca individual. Citei essas, mas todas são marcantes, desde o esquenta braço até os prêmios mais almejados, porque ganhar é sempre marcante”.

Mateus também conta sobre a final do Camaro, já que estavam as melhores duplas do Brasil, e ele e Ricardo ficaram com o terceiro lugar. “Ali o coração já não batia mais, corcoviava hehe. Quando chegamos nas dez duplas comecei a ficar mais tranquilo, já tínhamos uma parte do prêmio, depois em cinco repartimos mais um tanto e nas últimas três repartimos o restante”.

 Considerando que um top no laço de seu parceiro tirou a chance do título. “Sabia que seria muito difícil ganhar e por uma fatalidade não conseguimos, mas quando laçava e o povo aplaudia, me arrepiava. Essa com certeza foi a mais emocionante final que participei. Me senti de dever cumprido em chegar numa final como essa na minha cidade”.

Ele relata que fica feliz em saber que está entre as melhores duplas e diz que toda dupla deve ter confiança um no outro, sair laçar e deixar que seu parceiro faça a parte dele.

Falando sobre sua dupla com Ricardo Severo, ele conta um pouco sobre essa grande amizade e parceria que não é de hoje. “Nossa amizade vem de anos, se não me engano, é do tempo da pré-escola. Começamos a estudar juntos com 5 anos, e sempre fomos amigos. Começamos a laçar juntos com 10 anos por incentivo do meu pai que nos levava para os rodeios”.


Revelou também uma curiosidade sobre ele. “Não treino, acho que se treinasse poderíamos ir bem além do que já fomos. Fiquei 15 dias sem treinar até o rodeio do Camaro. Agora que comprei uma vaca mecânica e uma parada pra laçar. Na próxima temporada vamos estar mais preparados”. 


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Romário Bispo